segunda-feira, abril 25, 2005

Conversas Noturnas (I)

22:00 hs é o limite: Gabriel deve estar na cama.
Dente escovado e pronto para dormir.
Nesta hora, quando me toca faze-lo dormir, conversamos sobre o dia que passou, projetamos o dia seguinte, brincamos de contar números ou lembramos de alguma história (passada conosco, especialmente viagens).
Ontem a reflexão foi sobre o domingo. Este domingo foi complicado, esqueceram de instalar uma chave de desliga no Gabriel, estava a mil. Na hora de dormir conversei com ele, pedi bom comportamento, atenção,... a prosa enveredou para as coisas do coração e da cabeça.
Tentei explicar as emoções e a razão. Lá pelas tantas a cabeça virou um computador e eu discursando. Passam uns minutos e ele me vem com esta:
- Papai, pensei que na minha cabeça tinha um cérebro e não um computador. Quando eu não me comporto é que tem um fio solto no meu cérebro.
Falei então que os fios podem ser colados e remendados. É só ele sempre lembrar do que é certo e tentar usar outro fio, como caminho da obediência.


Lembrei de um causo, ocorrido em Vila Nova do Sul. Uma senhora levou um rádio de pilha para conserto:
- Fulano, dá uma olhada no meu radinho. Meu velho acha que ele tá com algum fiozinho entupido.

Esta será, possivelmente, outra série numerada que finaliza no I ... ou não.

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